Carrasquinha
O sol perguntou à lua
Quando era meio dia
A lua como discreta
Disse-lhe que não sabia.
Esta moda da Carrasquinha
É uma moda assim ao lado
Ai quando deito joelho em terra
Ai todo o mundo fica pasmado.
Ó Matilde sacode a saia
Ó Matilde levanta o braço
Ó Matilde dá-me um só beijo
Ai que te darei um abraço.
O meu amor é um doido
Eu hei-de mandá-lo prender
Na cadeia dos meus braços
Que é onde eu o quero ter.
Perguntei um dia ao vento
O que ele dizia às flores
Pra saber se era só uma
Esta linguagem de amores.
Fui amar para saber
Se quem ama tem ventura
O amor nunca deu ganho
A nenhuma criatura.
Quando eu amava sofria
Suspiros e ais e dores
Deixei de amar não sofri
Eu não quero mais amores
Os amores hoje em dia
Não são mais do que uma graça
Quem tem amores vive
quem não tem também passa.
Meninas não se admirem
Do meu rouco cantar
Eu bebi água na areia
Numa fonte ao pé do mar
Anda lá para diante
Que eu hei-de ter fazer andar
As solas dos teus sapatos
Eu hei-de te fazer gastar
Quadras do Grupo de Folclore
da Casa do Povo de Guadalupe
de autoria da Sra. Dª Cidália Coelho |
Rebola
Para se jogar à bola
É preciso aprender
É de se saber ganhar
E também saber perder
Rebola a bola
Você diz que dá, que dá
Você diz que dá na bola
Você na bola não dá
Quem inventou a partida
Não sabia o que era amor
Quem parte fica sem vida
Quem fica morre de dor
Rebola a bola
Você diz que deu, que deu
Você diz que deu na bola
Você na bola não deu
Peitinho
Alegria se eu a tenho
Deus me a deu por natureza
Mas não me deu não senti
No meu coração tristeza
O meu peitinho tem rendas
O teu peito rendas tem
As rendas são p’ros amores
P’ra ti amor, p’ra mais ninguém
Eu perguntei a Jesus
Se era pecado cantar
E Jesus do Céu me disse
Canta que eu te hei-de ajudar |