Cantigas do Nosso Folclore

O grupo de folclore da escola nº 1 da sede do concelho de Santa Cruz da Graciosa foi fundado em 01.01.88, derivado das pesquisas efectuadas por uma turma de alunos do 4º ano, quando pretendiam proceder ao estudo das tradições do meio local, integradas no estudo curricular das regiões portuguesas. As "modas novas" foram introduzidas no início deste século por influência de algumas pessoas vindas do exterior e que, ao apreciarem as modas regionais da Ilha, e provavelmente a alegria destas gentes, foram introduzindo modas características das suas terras e do folclore nacional. Contudo, pode hoje verificar-se que estas "modas novas" tem alguns pontos em comum com o folclore local, como se se tivessem fundido com alguns aspectos do baile antigo. Assim, os passos de dança e as coreografias, bem como o movimento obtido com as coreografias afasta-se das características do folclore nacional e aproxima-se muito do folclore antigo da Ilha.

Modas novas:

- O Grilo / - O Peitinho / - Rebola / - Carrasquinha / - Caçadores / - O Pião / - O Preto e a Bananeira /

- Cantando José Cantando / - Abóbora / - Indo eu / - Dobadoira / - Água / - Branca Flor / - Rica Prima

Modas Velhas (baile antigo)

- Chamarrita / - Choradinha / - Pezinho / - Casaca / - Tirana / - Terceira / - Bela Aurora / - José /

- Lira / - Rema / - Charamba

Carrasquinha

O sol perguntou à lua

Quando era meio dia

A lua como discreta

Disse-lhe que não sabia.

Esta moda da Carrasquinha

É uma moda assim ao lado

Ai quando deito joelho em terra

Ai todo o mundo fica pasmado.

Ó Matilde sacode a saia

Ó Matilde levanta o braço

Ó Matilde dá-me um só beijo

Ai que te darei um abraço.

O meu amor é um doido

Eu hei-de mandá-lo prender

Na cadeia dos meus braços

Que é onde eu o quero ter.

Perguntei um dia ao vento

O que ele dizia às flores

Pra saber se era só uma

Esta linguagem de amores.

Fui amar para saber

Se quem ama tem ventura

O amor nunca deu ganho

A nenhuma criatura.

Quando eu amava sofria

Suspiros e ais e dores

Deixei de amar não sofri

Eu não quero mais amores

Os amores hoje em dia

Não são mais do que uma graça

Quem tem amores vive

quem não tem também passa.

Meninas não se admirem

Do meu rouco cantar

Eu bebi água na areia

Numa fonte ao pé do mar

Anda lá para diante

Que eu hei-de ter fazer andar

As solas dos teus sapatos

Eu hei-de te fazer gastar

Quadras do Grupo de Folclore

da Casa do Povo de Guadalupe

de autoria da Sra. Dª Cidália Coelho

Rebola

Para se jogar à bola

É preciso aprender

É de se saber ganhar

E também saber perder

Rebola a bola

Você diz que dá, que dá

Você diz que dá na bola

Você na bola não dá

Quem inventou a partida

Não sabia o que era amor

Quem parte fica sem vida

Quem fica morre de dor

Rebola a bola

Você diz que deu, que deu

Você diz que deu na bola

Você na bola não deu

Peitinho

Alegria se eu a tenho

Deus me a deu por natureza

Mas não me deu não senti

No meu coração tristeza

O meu peitinho tem rendas

O teu peito rendas tem

As rendas são p’ros amores

P’ra ti amor, p’ra mais ninguém

Eu perguntei a Jesus

Se era pecado cantar

E Jesus do Céu me disse

Canta que eu te hei-de ajudar

Do livro "REMA PARA LÁ…", da autoria de Manuel Sousa da Costa,

Depósito Legal nº 89500/95

voltar